23 de abril de 2010

Curiosidades do Oscar (1)


Desde 1936, a Price Waterhouse and Company (empresa de auditoria) é a firma responsável pela contagem dos votos e, por tabela, também é a grande guardiã dos envelopes.

Em 1941 foi estabelecida a criação dos envelopes selados. Antes disso os vencedores eram anunciados previamente à imprensa por causa do horário dos fechamentos dos jornais.



O primeiro período da premiação foi correspondente aos anos de 1927 e 1928. As categorias existentes eram: Melhor Produção (posteriormente Melhor Filme), Diretor, Ator, Atriz, Roteiro Original, História Original, Fotografia, Direção de Arte e Engenharia de Efeitos. Outras três categorias – Diretor de Comédia, Qualidade Artística de Produção e Entre títulos (que nada mais era do que as legendas dos filmes mudos) – foram anunciadas e extintas no mesmo ano.



A categoria Melhor Maquiagem só foi criada em 1982, porque a Academia “esqueceu” de premiar o trabalho feito no filme O Homem Elefante. Antes disso, apenas alguns poucos filmes (como As Sete Faces do Dr. Lao e Planeta dos Macacos) eram premiados com Oscars Honorários.
 
 
A estatueta do Oscar foi desenhada pelo Diretor de Arte Cedric Gibbons e esculpida por George Stanley. O seu desenho representa um cavaleiro em pé numa lata de filme, segurando uma espada de dois gumes. O Oscar pesa 3,9 kg e tem 34 centímetros de altura. E, ao contrário do que a maioria pensa, não é feito de ouro maciço, mas sim é um composto de latão e cobre banhado a ouro.



Em março de 2002, cinquenta e cinco estatuetas do Oscar foram roubadas e encontradas no lixo, nove dias depois. Quem achou foi um gari, que depois foi convidado a participar da cerimônia de entrega daquele ano.
 
 
 
O ganhador do Oscar é obrigado a assinar um termo de compromisso desde o fim dos anos 40, o que o proíbe de vender ou doar a estatueta para estranhos. Apenas a Academia tem o poder de compra da estatueta (e por um preço bastante modesto).
 
 
 
O compositor brasileiro Ary Barroso já concorreu ao Oscar de melhor canção com a música Rio de Janeiro, pelo filme Brazil (1944).



A primeira participação de um brasileiro na festa do Oscar foi no ano de 1941, com Carmem Miranda (portuguesa de nascimento, mas naturalizada brasileira).
 
 
 
O Pagador de Promessas foi o primeiro filme brasileiro a concorrer ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira, em 1962.
 
 
 
Orfeu do Carnaval (Black Orpheus) ganhou o Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira para a França. O curioso é que tudo nele era brasileiro: locação, atores, diálogos, trilha musical e até mesmo o roteiro.
 
 
 
A Argentina é o único país latino-americano a levar um Oscar de Filme Estrangeiro, com História Oficial (1985). Levou mais um em 2010.
 
 
 
Reza a lenda de que Jack Palance, ligeiramente alcoolizado, não conseguiu ler o verdadeiro nome da ganhadora, e para evitar embaraço maior, repetiu o último nome anunciado, dando assim o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante para Marisa Tomei por Meu Primo Vinny, em 1992.
 
 
 
Toda pessoa ganhadora ou nomeada ao Oscar poderá usar junto ao seu nome para o resto da vida a frase: “Academy Award Nomine” (Indicado ao Prêmio da Academia) ou “Academy Award Winner” (Vencedor do Prêmio da Academia).



Fernanda Montenegro foi a primeira (e até então única) atriz brasileira a ser indicada ao Oscar. Isso aconteceu em 1998 pelo filme Central do Brasil.
 
 
 
Haing S. Ngor, ganhador do Oscar de Melhor Ator Coadjuvante pelo filme Os Gritos do Silêncio, não era ator de verdade, e sim médico. O seu personagem no filme marcou sua estreia como intérprete. Empolgado pela premiação, até tentou, sem sucesso, a carreira de ator. Foi assassinado na garagem do prédio em que morava em 1996.
 
 
 
Judy Garland era a favorita ao Oscar de Melhor Atriz pelo filme Nasce uma Estrela, de 1956. Grávida, ela não pôde comparecer a cerimônia, e certos de que seria a ganhadora, colocaram uma equipe de televisão no seu quarto de hospital para registrarem o momento. Mas a vencedora foi Grace Kelly pelo filme Amar é Sofrer. A desapontada equipe desligou os equipamentos e foi embora sem dizer uma palavra.
 
 
 
O ano de 1956 foi bastante confuso para a categoria Melhor Roteiro Original. O musical Alta Sociedade (High Society) foi indicado como melhor roteiro, embora fosse uma adaptação de Núpcias de Escândalos (The Philadelphia Story). Só que os roteiristas indicados foram Elwood Ullman e Edward Bernds, que nada tinham a ver com o musical em questão, pois eram autores de outro filme, o homônimo High Society, uma fita B. Para completar, o grande ganhador da categoria foi O Balão Vermelho (Le Ballon Rouge), um média-metragem francesa, com 34 minutos de duração e totalmente mudo.
 
 
 
Um dos mais famosos momentos da festa do Oscar se deu em 1933, quando Will Rogers, mestre de cerimônias, abriu o envelope e disse: “Venha buscá-lo Frank!”, sem falar o sobrenome. Frank Capra já estava na metade do caminho quando Will Rogers deixou claro que o vencedor era outro Frank (Frank Lloyd). Capra ganharia o Oscar logo no ano seguinte por Aconteceu Naquela Noite, mas esse vexame ele jamais esqueceu.


Sandálias da humildade para Leo McCarey! Ele foi o ganhador do Oscar de Melhor Direção pelo filme Cupido é Moleque Teimoso (The Awful Truth, 1937), e em seu discurso de agradecimento declarou: “Vocês me deram o Oscar pelo filme errado. Eu deveria ter ganhado por A Cruz dos Anos (Make Way Tomorrow).”.

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