20 de setembro de 2013

Bloopers clássicos



Blooper significa “gafe”, ou “erro grosseiro feito em público”, segundo um dicionário de língua inglesa. Mas também pode ser conhecido como os famosos erros de gravação que costumamos ver nos finais de alguns filmes atuais. Acho muito engraçado.


Os nossos filmes clássicos também reservaram alguns vídeos de bloopers cometidos por nossos atores e atrizes clássicos como Humphrey Bogart, Bette Davis e Henry Fonda. Assim como nossos artistas da atualidade, eles também faziam caretas e riam de seus próprios erros. A seguir, veja alguns deles.
 
 
 
 

4 de junho de 2013

23 de maio de 2013

The squaw man (1914)

 
O filme The squaw man foi debutante em duas ocasiões: é considerado o primeiro longa-metragem produzido em Hollywood e marcou a estreia do talentoso diretor Cecil B. DeMille, que ficou marcado por seus filmes épicos e grandiosos como Os dez mandamentos (1923 - mudo), Cleópatra (1934), Sansão e Dalila (1949), O maior espetáculo da terra (1952) e Os dez mandamentos (1956).
 
 
Originalmente, o texto era uma peça teatral escrita por Edwin Milton Royle. A peça começou a ser exibida em 1905 e fez muito sucesso. Com o roteiro pronto, as filmagens começaram em 1913, e o diretor apostou em algo que seria o grande diferencial para o filme: várias locações externas com montanhas imponentes e planícies amplas; a produção também alugou um celeiro a um quarteirão da atual Hollywood Boulevard. Outra aposta do diretor era que o filme seria um longa, não um curta como tem sido feito.         
  
 
O tema central é  honra e miscigenação entre o índio e o branco, algo considerado tabu naquela época. O capitão James Wynnegate foi considerado culpado injustamente na Inglaterra por ter roubado dinheiro de um fundo para órfãos; o culpado, na verdade, era seu primo, Henry, que pegou o dinheiro para pagar suas dívidas de jogo. Banido da sociedade inglesa, James viaja de navio até os Estados Unidos para começar uma nova vida. No Velho Oeste, conhece uma índia chamada Nat-U-Ritch e se casam.



O filme também apresenta o estereótipo do índio americano segundo DeMille: bêbado e preguiçoso. D.W.Griffith, em seu O nascimento de uma nação (1915) fez a mesma coisa com os negros do filme.



A duração de The squaw man é de 78 minutos, e o filme conseguiu uma grande bilheteria, tanto que teve uma refilmagem muda em 1918 com o ator Elliot Dexter interpretando o capitão James Wynnegate; e uma falada em 1931 com o ator Warner Baxter no papel principal. Na primeira versão, o capitão James foi interpretado por Dustin Farnum.


Dustin Farnum, Elliot Dexter e Warner Baxter.

Sem dúvida, The squaw man, faroeste adaptado do teatro para o cinema, faz parte da história da Sétima Arte, que saiu da mesmice dos filmes mudos e, com ousadia, conseguiu com que muitos americanos naquela época lotassem as salas de cinema como longa-metragem.


 
 
 
 
 
 
 


Curiosidade. Uma senhora chamada Lillian Hoffman deu à luz um menino (mas esperava uma menina) e, na hora, não tinha um nome de menino em mente. Ao ser pressionada, ela viu na capa de uma revista de uma senhora ao lado de sua cama o nome do ator Dustin Farnum. Então, resolveu batizar seu menino de Dustin Lee Hoffman, mas conhecemos apenas como Dustin Hoffman.

Momentos

 
 
Elenco clássico de The Whales of August (1987), em sentido horário: Ann Sothern, Lillian Gish, Bette Davis e Vincent Price.

Últimas aparições: Lillian Gish

 
Lillian Gish, grande atriz do cinema mudo (e por que não, do falado), trabalhou até os seus longevos noventa anos. Poderia ter se aposentado como muitos outros artistas (justo), mas preferiu continuar atuando, pois, acredito, era sua grande paixão.
 
 
Lillian Diana de Guiche começou a trabalhar como atriz antes dos vinte anos, atuando em muitos filmes mudos das décadas de 1910 e 1920. Dentre eles, destaco O nascimento de uma nação (1915) e Intolerance (1916), Broken blossoms (1919), Orphans of the storm (1921), Ben-Hur: a tale of Christ (1925) e The scarlet letter (1926).
 
Lillian Gish em The scarlet letter.
 
Com o advindo do cinema falado, muitos artistas da era de ouro dos filmes mudos não conseguiram grandes destaques no falado; mas Lillian não deixou de trabalhar, atuando em alguns filmes das décadas seguintes não como atriz principal, mas em papeis coadjuvantes (sempre ótima!) e em alguns trabalhos televisivos. Isso não fez dela uma atriz decadente, mas, em cada trabalho, ela mostrava sua paixão pela arte de atuar, sem demonstrar arrogância alguma de estrelismo. Dentre seus trabalhos no cinema, destaco Duel in the sun (1946), Night of hunter (1955) e O passado não perdoa (1960).
 
Lillian Gish com Audrey Hepburn em O passado não perdoa.
 
Mesmo nunca ter recebido uma indicação ao Oscar, recebeu um Oscar Honorário em 1971 pela sua contribuição cinematográfica, e também alguns outros prêmios.
 
Lillian Gish segurando seu Oscar.

 
Ela encerrou sua carreira em grande estilo no filme The Whales of August (1987), uma grande celebração nostálgica com atuação de atores clássicos como Bette Davis e Vincent Price. Minha opinião: as duas atrizes mereciam duas estatuetas do Oscar pelas suas atuações, pois elas estão lindíssimas.
 
Lillian Gish (esq.) e Bette Davis em The Whales of August.
 
Abaixo, o trailer desse filme encantador que todos os cinéfilos deveriam assistir para prestigiar essas belas atuações e, logo abaixo, mais um pouco de Lillian Gish. Mesmo na "flor da idade", como essas atrizes sabiam atuar e colocavam muitas no chinelo!
 
 
 
 
 






 
 
 

19 de abril de 2013

17 de março de 2013

Jean Harlow e o Gordo e o Magro

 
 
Se estivesse viva, Jean Harlow completaria, no dia 3 de março, 102 anos de idade, mas morreu tão jovem, com 26 anos, no meio das filmagens de Saratoga (1937).
 
Nossa querida Harlean Carpentier iniciou sua carreira em filmes mudos da décda de 1920 e conseguiu passar para o falado com sucesso, ao contrário de outros que não tiveram a mesma sorte. Um dos filmes mudos da nossa blondshell foi com a dupla hilária O gordo e o magro. Em Double whoopee, Jean é uma hóspede que cai nas trapalhadas da dupla.
 
Vejam o vídeo e se divirtam.

Bastidores: Ben-Hur (1925)

 
 
 
 
 
 
 
 

28 de janeiro de 2013

Adivinhe quem é?



Nesse final de semana, ao assistir Ben-Hur (1959) pela milésima vez, fiquei curiosa com algo: quem é o ator que interpretou Jesus Cristo, já que ele aparecia sempre de costas?

Descobri que, na verdade, era Claude Heater, um cantor de ópera (barítono e tenor) e também escritor religioso.


Claude começou a cantar como barítono em 1954 nos Estados Unidos, seguindo com a carreira para Europa nos anos seguintes. A partir de 1964, trabalhou como tenor, obtendo muito sucesso, principalmente em trabalhos dramáticos.


O cantor se aposentou no início da década de 1970, época em que despertou-se a curiosidade por ensinos religiosos. Ele tem até um site: www.claudeheater.com.

Claude Heater e Charlton Heston
Seu nome não está nos créditos do clássico de 1959, mas, com certeza, sua presença forte, mesmo de costas e sem alguma fala, será lembrada por muito tempo. Pelo menos, por mim.