13 de julho de 2012

Selo "Menininhas"


Olá para todos.
Nesta semana, esse espaço recebeu mais um selinho de reconhecimento, desta vez da minha coleguinha Daniele Rodrigues do blogue Tela prateada. Fiquei muito feliz com mais esse presentinho, que já está exposto na lateral do blogue. Obrigada, Dani.
Acho legal esses selinhos, pois, assim, divulgamos o trabalho de muita gente bacana que gosta de expor suas ideias por meio de blogues.
Agora é a minha vez de presentear. Os blogues são estes (todos escritos por mulheres, pois o selo é bem feminino):


Não sei a quantidade de blogues que devo presentar, mas a maioria já foi citada pelas minhas colegas blogueiras. Por isso, resolvi presentar os blogues que não foram mencionados ainda.
Já mandei recadinhos nos seus blogues para pegar o selinho. Mais uma vez, obrigada pelo reconhecimento.
Beijos a todos.

11 de julho de 2012

Momentos


D. W. Griffith, diretor e produtor americano, durante as filmagens de um de seus filmes, considerado o "pai da gramática cinematográfica". Charles Chaplin o chamou de "o professor de todos nós".

O nascimento de uma nação (1915)


O nascimento de uma nação é considerado o primeiro épico que estabeleceu os padrões narrativos do cinema. Não é um filme a ser assistido de qualquer jeito, como se tivesse “teias de aranha”. É um filme para ser apreciado, estudado e criticado de acordo com os conhecimentos que temos sobre a Guerra da Secessão (1861-1865) e sobre a origem da sociedade secreta Ku Klux Klan, que hoje, além de atormentar a vida dos negros, persegue também judeus, imigrantes e católicos.

Além de retratar os acontecimentos da Guerra Civil americana (outro nome com o qual é conhecida), são mostrados os bastidores do surgimento da Ku Klux Klan, sociedade formada por “nobres brancos” do Sul para conter a histeria dos negros após a abolição da escravatura.


O filme tem mais de 180 minutos de duração (ufa!) e, antes dele, não houve um filme como esse na indústria americana.  O clássico é dividido em duas partes, tudo de maneira bem organizada, com relatos íntimos e sucessão de eventos históricos reconstruídos.
Na primeira parte, são apresentados os personagens participantes dos conflitos da Guerra: uma família do Norte, cujo pai é um senador renomado com três filhos, sendo dois homens e uma jovem, todos vivendo em uma região que concordava com os ideais do atual presidente, Abraham Lincoln, para libertação dos negros da escravatura; e uma família do Sul, região que não concordava com a abolição da escravatura, cujo pai é um médico com cinco filhos: duas moças e três rapazes. A guerra começa, pessoas perdem seus entes queridos, e o Norte vence. Isso fez com que os negros conquistassem direitos que antes pertenciam aos brancos, como o voto, por exemplo.

A segunda parte apresenta a reconstrução do Sul, agora com os negros libertos e colocando seus direitos em prática. Eles conseguiram eleger um mulato como vice-governador da Carolina do Sul, impedindo que os brancos votassem. No filme, os negros são retratados como pessoas sem inteligência e sexualmente agressivos com as mulheres brancas. Eles, na verdade, são atores brancos pintados com tinta preta, mas não dá para notar a diferença por causa dos traços da raça branca. Percebendo que os negros estavam saindo do controle, um ex-coronel do Sul resolve fundar uma sociedade de homens vestidos e encapuzados de branco (parecendo fantasmas!), a Ku Klux Klan .

O diretor e produtor, D. W. Griffith, foi um dos roteiristas do filme, o qual foi considerado por muitos como a visão branca dos acontecimentos da Guerra Civil; nele, a Ku Klux Klan foi reconhecida como "a salvadora do Sul". Por causa desse filme, a sociedade secreta que antes estava adormecida (surgiu por volta de 1867 e deu “uma folga” no início do século XX) ressurgiu e utilizou esse filme no recrutamento de novos membros até a década de 1970. Por mais que o filme tenha feito um grande sucesso na época do lançamento, este foi considerado racista por retratar os negros daquela forma. Isso fez com que o filme fosse banido em várias cidades, e o diretor, para se retratar, produziu Intolerance (1916).
D. W. Griffith
No filme, Griffith traz as inovações de seus trabalhos anteriores, como os cortes intercalados e os close-ups. Se os fatos do filme são verdadeiros, não sei, nem posso afirmar alguma coisa, mas assistir a O nascimento de uma nação é uma boa experiência para quem curte filmes clássicos como este.  Ele é ótimo para ser analisado e ser usado na elaboração de trabalhos científicos.
Ao assisti-lo, conclui que ... E o vento levou (1939) retrata a Guerra Civil de maneira mais romântica, ao contrário do filme de D. W. Griffith, que considero bem mais realista. Como disse no começo, é um filme para ser apreciado a cada minuto, possibilitando a colocação de críticas de acordo com os conhecimentos históricos adquiridos sobre o evento. O filme pode ser considerado ofensivo, mas é uma obra-prima do ponto de vista técnico.