30 de abril de 2010

Injustiças do Oscar (3): fim do Prêmio Juvenil da Academia


Hollywood sempre lança atores e atrizes mirins com um estupendo talento, mas estes artistas mirins nem sempre são reconhecidos. Vimos exemplos recentes como Macaulay Culkin, Dakota Fanning (esta, maravilhosa), Halley Jay Osmond dentre outros que assistimos em nossos DVDs. O máximo que estas crianças conseguem é uma indicação ao Oscar, porém não é sempre.

Antigamente, existia um prêmio concedido pela Academia aos artistas mirins em ascensão. Era o Prêmio Juvenil da Academia, que durou entre 1934 a 1960. Era concedida uma estatueta do Oscar em tamanho mirim para estas crianças.

Deveria voltar, mas com a estatueta original que é concedida aos prêmios principais.

Vejam as crianças que foram homenageadas com esta honraria:

Shirley Temple, 1934

Mickey Rooney, 1938

Deanna Durbin, 1938

Judy Garland, 1939

Margaret O'Brien, 1944

Peggy Ann Garden, 1945

Claude Jarman, Jr., 1946

Ivan Jandl, 1948

Bobby Driscoll, 1949

Jon Whiteley, 1954

 Vicent Winter, 1954

Hayley Mills, 1960

29 de abril de 2010

Aparições de Alfred Hitchcock em seus filmes

Hoje as pessoas não deixaram de se lembrar dos trinta anos de falecimento do talentoso Alfred Hitchcock. Uma das marcas registradas são as suas aparições de forma muito discreta que, às vezes, nem conseguimos reparar. Cliquem aqui para vê-las. São muitas, viu?

Frases clássicas (1)

"Francamente, minha querida, eu não dou a mínima."
 ...E o Vento Levou

 "Eu vou lhe fazer uma proposta que ele não pode recusar."
O Poderoso Chefão
"Você não entende! Eu poderia ter classe! Eu poderia ser um lutador. Eu poderia ter sido alguém, ao invés de um vagabundo, que é o que eu sou."
Sindicato de Ladrões
"Totó, eu tenho a sensação de que não estamos mais no Kansas."
O Mágico de Oz

"Estou de olho em você, garota."
Casablanca
"Vá em frente, faça meu dia".
Impacto fulminante
 "OK, Sr. DeMille, eu estou pronta para o meu close-up."
Crepúsculo dos Deuses
 "Que a Força esteja com você."
Star Wars

"Apertem os cintos. Vai ser uma noite trepidante."
A Malvada
"Tá falando comigo?"
Taxi Driver

Frases: Alfred Hitchcock


"Chega num ponto onde você diz que não vai mais fazer filmes juvenis."

"Quando um ator vem até mim e quer discutir seu personagem, eu digo, 'Está no roteiro'. Se ele disser, 'Mas qual a minha motivação?', eu respondo, 'Seu salário'"

"Parece que temos uma compulsão atualmente em enterrar cápsulas do tempo para dar às pessoas do próximo século alguma ideia do que somos. Eu preparei uma das minhas próprias cápsulas do tempo. Coloquei umas amostras de dinamite, pólvora e nitroglicerina. Minha cápsula do tempo vai até o ano 3000. Ela mostrará a eles o que realmente somos."


"Este prêmio é significante porque vem de meus companheiros comerciantes da celuloide."

"Não há nenhum prêmio a ganhar, na verdade. Isso é, se você for abençoado com um olho afiado, uma mente ágil e nenhum escrúpulo."

"Não há nada tão bom quanto um funeral no mar. É simples, limpo e não muito incriminador."


"Não há terror num murro, somente na antecipação dele."

"O jornal é muito interessante, mas eu acho que jamais substituirá o livro por ser um apoio de porta muito pobre."

"A única forma de me livrar de meus medos é fazer filmes sobre eles."


"A duração de um filme deveria estar diretamente relacionada à paciência da bexiga urinária humana."

"A televisão é como a invenção da solda caseira. Ela não mudou o hábito das pessoas. Ela apenas as manteve dentro de casa."

"A televisão é como a torradeira americana, você aperta o botão e a mesma coisa salta toda a vez."

"Autoplagiar-se é estilo"

"Existe algo mais importante do que a lógica: a imaginação. Se a ideia é boa, a lógica deve ser jogada pela janela."

Curiosidades do Oscar (2)


Humphrey Bogart estava tão certo de sua vitória como Melhor Ator por Casablanca que se colocou de pé antes mesmo que o nome do ganhador fosse anunciado. Só que o vencedor foi Paul Lukas por Horas de Tormenta (Watch on the Rhine). Bogart, tentando disfarçar, aplaudiu o seu concorrente de pé. Que gafe!

Cher foi a vencedora do Oscar de Melhor Atriz em 1987 por Feitiço da Lua e, durante o seu discurso agradeceu ao seu cabeleireiro e ao seu maquiador, mas se “esqueceu” de agradecer a Norman Jewison, diretor do filme. Para corrigir a falha, teve que pagar um anúncio na Variety com um pedido de desculpas no dia seguinte.


Greer Garson é a autora do maior discurso de agradecimento até hoje. Algumas pessoas juram que durou 45 minutos, mas aumentaram: durou em torno de 7 minutos. Ironicamente, Garson, ganhadora do Oscar de Melhor Atriz pelo filme Rosa de Esperança, em 1942, começou o discurso dizendo que não tinha se preparado para isso.
 
 
 
Antigamente, o anúncio do vencedor do Oscar era precedido pela frase: “The Winner is…” (O vencedor é…). A pedido dos próprios atores, que achavam que a frase caracterizava uma competição, mudaram-na para “And the Oscar goes to…” (E o Oscar vai para…).


Em 1985, Geraldine Page demorou a levantar para receber o seu Oscar de Melhor Atriz, tudo porque não conseguia encontrar os seus sapatos debaixo do assento!
 
 
 
Saia justa! Vanessa Redgrave, ao receber o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por Julia, exclamou: “Eu saúdo a Academia, que resistiu as ameaças de pequenos grupos de desordeiros sionistas, que são um insulto para a estatura dos feitos dos judeus contra o fascismo e a opressão. Eu prometo que continuarei a lutar contra o antissemitismo e o fascismo”. Redgrave saiu do palco sob um misto de vaias e aplausos. Em seguida, o membro da Academia, Paddy Chayefsky, disse que precisava desabafar: “Estou cansado das pessoas usarem a entrega do Oscar para fazer a sua propaganda política. Sugiro a Miss Redgrave, já que este não é um momento histórico, que um simples obrigado já seria suficiente”.
 
 
 
Leon Shamroy foi anunciado como ganhador por Melhor Fotografia no ano de 1963. Como concorria por dois filmes naquele ano (Cleópatra e O Cardeal), chegou ao palco e perguntou para o apresentador: “Por qual filme eu ganhei mesmo?”. Ganhou por Cleópatra.


Devido a uma exigência de Jerry Wald, produtor do show, que pediu que os ganhadores do prêmio não se alongassem nos seus discursos de agradecimento, a festa de entrega do Oscar de 1958 acabou 20 minutos antes do previsto. Foi pedido então para que o apresentador Jerry Lewis improvisasse e matasse o tempo. Jerry pediu que todos os atores subissem ao palco para que dançassem e cantassem There’s no Business Like Show Business. Eles cantaram desajeitadamente a canção por seis vezes seguidas até a NBC cortar a transmissão e colocar no ar um programa sobre revólveres (?) para preencher o tempo.


Jack Palance, Melhor Ator Coadjuvante de 1991 pelo filme Amigos,sSempre Amigos, resolveu comemorar o seu prêmio fazendo flexões com apenas um braço no palco do Oscar.
 
 
 
Nos anos de 1970, era moda alguém tirar a roupa e sair correndo em locais públicos. Essas pessoas eram chamadas de "Streakers”. E o palco do Oscar não ficou de fora dessa moda. Robert Opal, um total desconhecido, resolveu tirar a roupa e simplesmente cruzar o palco do Oscar em 1974, quando Elizabeth Taylor e David Niven apresentavam um prêmio.


Meryl Streep esqueceu seu primeiro Oscar (Melhor Atriz Coadjuvante por Kramer vs Kramer) no banheiro!


A festa do Oscar de 1989 é considerada a pior de todos os tempos. O número de abertura apresentava uma atriz anônima, Eillen Bowman, vestida de Branca de Neve (o que causou protesto da Disney, já que a Academia não havia pedido autorização pelo uso da imagem da personagem). Cantando e saltando pelo palco, a moça fez um dueto desafinadíssimo com Rob Lowe da música Proud Mary, enquanto a mobília do palco literalmente dançava com garçonetes, que tinham turbantes na cabeça no melhor estilo Carmem Miranda. Logo em seguida, o palco era transformado num teatro chinês (?). O número se encerrava com os que seriam os grandes astros do amanhã (atores promissores na época como Patrick Dempsey, Rick Lake, Corey Haim, Corey Feldman, Tyrone Power Jr, Matt Latanzi, Christian Slater, Chad Lowe, Savion Glover entre outros) cantando como amadores I want to be a Oscar winner.


Stanley Donnen, famoso diretor de musicais (Cantando na Chuva, Sete Noivas para Sete Irmãos, Cinderela em Paris, Marujos do Amor), comemorou o seu Oscar Honorário em 1997 sapateando a canção Cheek to Cheek do filme O Picolino.
 
 
 
Cuba Gooding Jr, o Melhor Ator Coadjuvante de 1996 por Jerry Maguire, foi aplaudido de pé após se recusar a sair do palco enquanto a canção, que é a senha para que o ganhador deixe o palco, aumentava o volume. Mesmo com a orquestra tocando alto, ele continuou a agradecer e a pular pelo palco gritando: "Show me the money!” (Fala do seu personagem no filme).
 
 
 
O filme Adaptação (2002) recebeu indicação para Melhor Roteiro Adaptado, que é creditado para Charlie Kaufman e Donald Kaufman. Detalhe: Donald Kaufman não existe. É o irmão gêmeo fictício que Charlie inventou para o filme.
 
 
 
A primeira refilmagem a ganhar um Oscar de Melhor Filme foi Ben-Hur, de William Wyler, em 1959.


O filme O Poderoso Chefão – Parte II foi a primeira continuação a ganhar um Oscar de Melhor Filme. O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei, por sua vez, é a única terceira parte a ganhar o prêmio máximo. Essas são as duas únicas trilogias a terem todos os três capítulos indicados ao Oscar.
 
 
 
Marleen Morris foi a primeira diretora a ganhar um Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira (A Excêntrica Família de Antônia).


Os filmes A Grande Ilusão (França, 1939), Z (Argélia, 1969), Os Emigrantes (Suécia, 1972), O Carteiro e o Poeta (Itália, 1995), A Vida é Bela (Itália, 1998) e O Tigre e o Dragão (Taiwan, 2000) tiveram a honra de concorrer, em seus respectivos anos, ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e simultaneamente ao Oscar de Melhor Filme. Nenhum ganhou a honra máxima.


Dos 23 filmes a terem quatro ou mais atores indicados, Dúvida (Doubt, 2008) é o único a não ter concorrido a Melhor Filme.

25 de abril de 2010

Injustiças do Oscar (2): atores e atrizes que só ganharam a primeira estatueta depois dos sessenta anos.

Acho uma injustiça premiarem com um Oscar de melhor ator ou atriz àqueles que, há tanto tempo contribuíram com a Sétima Arte e, só depois dos sessenta anos de idade é que vencem nesta categora pela primeira vez. Deveriam ter reconhecido o trabalhos deles nas suas juventudes quando tinham fôlego de sobra para atuarem, mas eles merecem e muito este prêmio, pois não é fácil trabalhar depois de uma certa idade. Confiram os vencedores sêniores do Oscar: 


Marie Dressler, 63 anos (Min & Bill - 1931)

 John Wayne, 63 anos (Bravura indômita - 1969)

 Henry Fonda, 78 anos (Num lago dourado - 1982)
  
Paul Newman, 60 anos (A cor do dinheiro - 1985)

Geraldine Page, 61 anos (O regresso para Bountiful - 1986) 

 Jéssica Tandy, 81 anos (Conduzindo Miss Daisy - 1990)

Desenhos clássicos: Oswald, the lucky rabbit (1927)

The winner is... best movie (1960-1969)

23 de abril de 2010

Curiosidades - A Lista de Schindler


• Ralph Fiennes ganhou 13 kg bebendo a cerveja Guinness para o seu papel. Spielberg escalou ele por causa de sua "maldade sensual".


• Claire Danes foi originalmente considerada por Spielberg para um papel, mas ela recusou por que ele não poderia providenciar para ela um professor no set. O papel para o qual ela foi considerada é desconhecido.

• Tim Roth foi considerado para o papel de Amon Goeth.

• Billy Wilder contribuiu para o primeiro rascunho do roteiro deste filme, e nos estágios iniciais foi considerado para a direção.

• Martin Scorsese recusou-se a dirigir este filme nos anos 80. Ele achava que não faria um trabalho tão bom quanto se o diretor fosse judeu.

A Lista de Schindler foi a apresentada a Steven Spielberg por Sid Sheinberg. Ele comprou os direitos do livro em 1982 na esperança que Steven Spielberg o dirigisse. O filme explodiu em sucesso na mesma época em que Sheinberg estava deixando a MCA/Universal.

• Spielberg começou a trabalhar neste filme na Polônia, na mesma época em que Parque dos Dinossauros estava em estágio de pós-produção. Ele trabalhava no Parque dos Dinossauros  via satélite, com a ajuda de George Lucas.

• A cena da "liquidação" no gueto de Cracóvia era apenas uma página no script original. Spielberg a transformou numa cena de 20 páginas e 20 minutos de filme baseando-se em depoimentos dos sobreviventes. Por exemplo, a cena em que o jovem homem escapa da captura pelos soldados alemães lhes dizendo que ele foi ordenado para tirar as bagagens da rua foi tirada diretamente de uma história de um sobrevivente.


• Como Spielberg não obteve autorização para filmar em Auschwitz, as cenas do campo de concentração foram filmadas em um set construído em um dos estúdios da Universal, construído à imagem e semelhança da real Auschwitz.

• A pessoa que coloca as flores em cima das pedras nos créditos finais é Liam Neeson e não Spielberg como algumas pessoas acham.

• O filme, como mostrado na maioria dos países, tem a canção Yerushalayim shel Zahav - Jerusalém de Ouro - no final. Quando o filme foi mostrado em Israel, as plateias riram disso, por esta canção ter sido escrita depois de 1967 como uma canção popular! Eles então redublaram com a canção Eli Eli, que foi escrita por Hannah Sennesh durante a Segunda Guerra Mundial, sobre o final, por ser mais apropriada.

• Steven Spielberg não cobrou um único centavo para trabalhar neste filme. Ele alegava que o dinheiro seria fruto de assassinatos. Todo o dinheiro que caberia a ele, até mesmo resíduos de direitos autorais, foram repassados à Shoah Foundation, a organização que gravou e arquiva os depoimentos de sobreviventes e testemunhas do Holocausto.


• O coprodutor Branko Lustig interpreta um garçom durante a primeira cena. Lustig é um dos sobreviventes dos campos de concentração nazistas e já produziu alguns outros filmes que abordavam este tema, incluindo A Escolha de Sofia (1982) e Shoah (1985).

• Steven Spielberg ofereceu a Roman Polanski a posição de diretor do filme. Polanski recusou, pois achava que o tema era muito pessoal para ele, que viveu no gueto de Cracóvia até os 8 anos de idade, e cuja mãe morreu num campo de concentração de Auschwitz. Polanski viria a dirigir depois O Pianista, seu próprio filme sobre o Holocausto.

• É dito que, durante as filmagens, a atmosfera foi tão depressiva que Steven Spielberg pediu para seu amigo Robin Williams se ele poderia filmar algumas cenas de comédia.

• Steven Spielberg inicialmente pretendia fazer o filme em polonês e alemão com subtítulos em inglês, mas voltou a ideia atrás por que ele não seria capaz de avaliar corretamente as atuações em línguas não familiares.


• Steven Spielberg deu a Liam Neeson vídeos caseiros de seu mentor Steve Ross - o chairman da Time Warner - para ajudá-lo a desenvolver o personagem de Schindler.

• A pedido de Steven Spielberg, Aaron Sorkin fez do "uma lavagem nos diálogos" no script excessivamente cheio de frases.

• Em outubro de 1980, o autor Thomas Keneally estava voltando para a Austrália quando parou no caminho para o aeroporto para comprar uma mala em uma loja de malas em Beverly Hills pertencente a Leopold Pfefferberg - que era um dos 1.200 salvos por Schindler. Entrou na sua loja de malas na Califórnia e saiu de lá com a história de Oskar Schindler, que decidiu contar. Ele fez com um grau de desenvolvimento só possível devido aos muitos que sobre ele quiseram falar. Entre estes, dezenas de "schindlerjuden" (Judeus Schindler), ou seus descendentes, como Pfefferberg, salvos por ele de um destino que foi o de mais de seis milhões na Alemanha nazista. Keneally ganhou com A Lista de Schindler o Booker Prize em 1982.

• Steven Spielberg finalmente resolveu fazer o filme quando executivos do estúdio perguntaram a ele por que ele simplesmente não fazia uma doação de algum tipo ao invés de desperdiçar o tempo e o dinheiro de todos num filme deprimente.

• Para recolher trajes para 20.000 figurantes, o desenhista de roupas colocou propagandas em que procurava roupas. Como as circunstâncias econômicas eram pobres na Polônia, muitos pessoas estavam ansiosas para vender as roupas que possuíam desde a década de 1940 e 1950.


• De acordo com os diretores de arte, nenhum verde foi usado no set na forma de cor ou roupas por que eles não apareceriam bem no filme preto e branco. Atenção especial foi dada para a quantidade de luz ou tinta usado no set para aparecer corretamente no filme, para não ser diferente de como seria visto na vida real.

A Lista de Schindler foi o primeiro filme em preto e branco a ganhar o Oscar de Melhor Filme desde Se meu apartamento falasse (1960).

A Lista de Schindler filme ocupa o honroso 9º lugar na lista dos 100 maiores filmes americanos de todos os tempos do AFI - American Film Institute.

• Ao custo de 25 milhões de dólares, este é o filme em preto e branco mais caro da história.

Curiosidades do Oscar (1)


Desde 1936, a Price Waterhouse and Company (empresa de auditoria) é a firma responsável pela contagem dos votos e, por tabela, também é a grande guardiã dos envelopes.

Em 1941 foi estabelecida a criação dos envelopes selados. Antes disso os vencedores eram anunciados previamente à imprensa por causa do horário dos fechamentos dos jornais.



O primeiro período da premiação foi correspondente aos anos de 1927 e 1928. As categorias existentes eram: Melhor Produção (posteriormente Melhor Filme), Diretor, Ator, Atriz, Roteiro Original, História Original, Fotografia, Direção de Arte e Engenharia de Efeitos. Outras três categorias – Diretor de Comédia, Qualidade Artística de Produção e Entre títulos (que nada mais era do que as legendas dos filmes mudos) – foram anunciadas e extintas no mesmo ano.



A categoria Melhor Maquiagem só foi criada em 1982, porque a Academia “esqueceu” de premiar o trabalho feito no filme O Homem Elefante. Antes disso, apenas alguns poucos filmes (como As Sete Faces do Dr. Lao e Planeta dos Macacos) eram premiados com Oscars Honorários.
 
 
A estatueta do Oscar foi desenhada pelo Diretor de Arte Cedric Gibbons e esculpida por George Stanley. O seu desenho representa um cavaleiro em pé numa lata de filme, segurando uma espada de dois gumes. O Oscar pesa 3,9 kg e tem 34 centímetros de altura. E, ao contrário do que a maioria pensa, não é feito de ouro maciço, mas sim é um composto de latão e cobre banhado a ouro.



Em março de 2002, cinquenta e cinco estatuetas do Oscar foram roubadas e encontradas no lixo, nove dias depois. Quem achou foi um gari, que depois foi convidado a participar da cerimônia de entrega daquele ano.
 
 
 
O ganhador do Oscar é obrigado a assinar um termo de compromisso desde o fim dos anos 40, o que o proíbe de vender ou doar a estatueta para estranhos. Apenas a Academia tem o poder de compra da estatueta (e por um preço bastante modesto).
 
 
 
O compositor brasileiro Ary Barroso já concorreu ao Oscar de melhor canção com a música Rio de Janeiro, pelo filme Brazil (1944).



A primeira participação de um brasileiro na festa do Oscar foi no ano de 1941, com Carmem Miranda (portuguesa de nascimento, mas naturalizada brasileira).
 
 
 
O Pagador de Promessas foi o primeiro filme brasileiro a concorrer ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira, em 1962.
 
 
 
Orfeu do Carnaval (Black Orpheus) ganhou o Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira para a França. O curioso é que tudo nele era brasileiro: locação, atores, diálogos, trilha musical e até mesmo o roteiro.
 
 
 
A Argentina é o único país latino-americano a levar um Oscar de Filme Estrangeiro, com História Oficial (1985). Levou mais um em 2010.
 
 
 
Reza a lenda de que Jack Palance, ligeiramente alcoolizado, não conseguiu ler o verdadeiro nome da ganhadora, e para evitar embaraço maior, repetiu o último nome anunciado, dando assim o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante para Marisa Tomei por Meu Primo Vinny, em 1992.
 
 
 
Toda pessoa ganhadora ou nomeada ao Oscar poderá usar junto ao seu nome para o resto da vida a frase: “Academy Award Nomine” (Indicado ao Prêmio da Academia) ou “Academy Award Winner” (Vencedor do Prêmio da Academia).



Fernanda Montenegro foi a primeira (e até então única) atriz brasileira a ser indicada ao Oscar. Isso aconteceu em 1998 pelo filme Central do Brasil.
 
 
 
Haing S. Ngor, ganhador do Oscar de Melhor Ator Coadjuvante pelo filme Os Gritos do Silêncio, não era ator de verdade, e sim médico. O seu personagem no filme marcou sua estreia como intérprete. Empolgado pela premiação, até tentou, sem sucesso, a carreira de ator. Foi assassinado na garagem do prédio em que morava em 1996.
 
 
 
Judy Garland era a favorita ao Oscar de Melhor Atriz pelo filme Nasce uma Estrela, de 1956. Grávida, ela não pôde comparecer a cerimônia, e certos de que seria a ganhadora, colocaram uma equipe de televisão no seu quarto de hospital para registrarem o momento. Mas a vencedora foi Grace Kelly pelo filme Amar é Sofrer. A desapontada equipe desligou os equipamentos e foi embora sem dizer uma palavra.
 
 
 
O ano de 1956 foi bastante confuso para a categoria Melhor Roteiro Original. O musical Alta Sociedade (High Society) foi indicado como melhor roteiro, embora fosse uma adaptação de Núpcias de Escândalos (The Philadelphia Story). Só que os roteiristas indicados foram Elwood Ullman e Edward Bernds, que nada tinham a ver com o musical em questão, pois eram autores de outro filme, o homônimo High Society, uma fita B. Para completar, o grande ganhador da categoria foi O Balão Vermelho (Le Ballon Rouge), um média-metragem francesa, com 34 minutos de duração e totalmente mudo.
 
 
 
Um dos mais famosos momentos da festa do Oscar se deu em 1933, quando Will Rogers, mestre de cerimônias, abriu o envelope e disse: “Venha buscá-lo Frank!”, sem falar o sobrenome. Frank Capra já estava na metade do caminho quando Will Rogers deixou claro que o vencedor era outro Frank (Frank Lloyd). Capra ganharia o Oscar logo no ano seguinte por Aconteceu Naquela Noite, mas esse vexame ele jamais esqueceu.


Sandálias da humildade para Leo McCarey! Ele foi o ganhador do Oscar de Melhor Direção pelo filme Cupido é Moleque Teimoso (The Awful Truth, 1937), e em seu discurso de agradecimento declarou: “Vocês me deram o Oscar pelo filme errado. Eu deveria ter ganhado por A Cruz dos Anos (Make Way Tomorrow).”.

22 de abril de 2010

Little Women


Little women foi um livro publicado em 1868 pela escritora americana Louisa May Alcott (1832-1888). É a história de quatro irmãs, Jo, Meg, Amy e Beth, e se passa entre 1861 e 1865 durante a Guerra Civil Americana. Fala do crescimento delas e as dificuldades que enfrentam, especialmente quando o pai delas luta nesta Guerra. A mãe fica sozinha juntamente com elas, sempre esperando o retorno de seu marido herói.
Louise sonhava ser atriz, mas tornou-se escritora. Inspirou-se nas próprias experiências para escrever suas histórias. Little women, seu romance mais famoso, é um deles, que apresenta um retrato de uma família de classe média americana e seus valores morai como civismo, dedicação ao lar e ao próximo dentre outros.

A primeira versão deste clássico literário é de 1917. Foi feita uma para televisão em 1978. Porém, as mais famosas são as versões para o cinema de 1933, 1949 e de 1994. Confiram:

• Em 1933, com Katherine Hepburn e Joan Bennet no elenco. Foi indicado nas categorias de melhor filme, melhor diretor e ganhador do prêmio de melhor roteiro. Jo: Katherine Hepburn; Meg: Frances Dee; Beth: Jean Parker; Amy: Joan Bennett.



• Em 1949, com Elizabeth Taylor novinha e Janet Leigh antes da cena do chuveiro em Psicose. Jo: June Alysson;  Meg: Janet Leigh; Beth: Margareth O’Brien; Amy: Elizabeth Taylor.


 

• Por fim, em 1994 com Winona Rider e a pequena Kirsten Dunst. Recebeu três indicações ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Winona Ryder), Melhor Figurino e Melhor Trilha Sonora. Jo: Winona Rider; Meg: Trini Alvarado;  Beth: Claire Daines; Amy: Kisten Dunst.