Humphrey Bogart estava tão certo de sua vitória como Melhor Ator por Casablanca que se colocou de pé antes mesmo que o nome do ganhador fosse anunciado. Só que o vencedor foi Paul Lukas por Horas de Tormenta (Watch on the Rhine). Bogart, tentando disfarçar, aplaudiu o seu concorrente de pé. Que gafe!
Cher foi a vencedora do Oscar de Melhor Atriz em 1987 por Feitiço da Lua e, durante o seu discurso agradeceu ao seu cabeleireiro e ao seu maquiador, mas se “esqueceu” de agradecer a Norman Jewison, diretor do filme. Para corrigir a falha, teve que pagar um anúncio na Variety com um pedido de desculpas no dia seguinte.
Greer Garson é a autora do maior discurso de agradecimento até hoje. Algumas pessoas juram que durou 45 minutos, mas aumentaram: durou em torno de 7 minutos. Ironicamente, Garson, ganhadora do Oscar de Melhor Atriz pelo filme Rosa de Esperança, em 1942, começou o discurso dizendo que não tinha se preparado para isso.
Antigamente, o anúncio do vencedor do Oscar era precedido pela frase: “The Winner is…” (O vencedor é…). A pedido dos próprios atores, que achavam que a frase caracterizava uma competição, mudaram-na para “And the Oscar goes to…” (E o Oscar vai para…).
Em 1985, Geraldine Page demorou a levantar para receber o seu Oscar de Melhor Atriz, tudo porque não conseguia encontrar os seus sapatos debaixo do assento!
Saia justa! Vanessa Redgrave, ao receber o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por Julia, exclamou: “Eu saúdo a Academia, que resistiu as ameaças de pequenos grupos de desordeiros sionistas, que são um insulto para a estatura dos feitos dos judeus contra o fascismo e a opressão. Eu prometo que continuarei a lutar contra o antissemitismo e o fascismo”. Redgrave saiu do palco sob um misto de vaias e aplausos. Em seguida, o membro da Academia, Paddy Chayefsky, disse que precisava desabafar: “Estou cansado das pessoas usarem a entrega do Oscar para fazer a sua propaganda política. Sugiro a Miss Redgrave, já que este não é um momento histórico, que um simples obrigado já seria suficiente”.
Leon Shamroy foi anunciado como ganhador por Melhor Fotografia no ano de 1963. Como concorria por dois filmes naquele ano (Cleópatra e O Cardeal), chegou ao palco e perguntou para o apresentador: “Por qual filme eu ganhei mesmo?”. Ganhou por Cleópatra.
Devido a uma exigência de Jerry Wald, produtor do show, que pediu que os ganhadores do prêmio não se alongassem nos seus discursos de agradecimento, a festa de entrega do Oscar de 1958 acabou 20 minutos antes do previsto. Foi pedido então para que o apresentador Jerry Lewis improvisasse e matasse o tempo. Jerry pediu que todos os atores subissem ao palco para que dançassem e cantassem There’s no Business Like Show Business. Eles cantaram desajeitadamente a canção por seis vezes seguidas até a NBC cortar a transmissão e colocar no ar um programa sobre revólveres (?) para preencher o tempo.
Jack Palance, Melhor Ator Coadjuvante de 1991 pelo filme Amigos,sSempre Amigos, resolveu comemorar o seu prêmio fazendo flexões com apenas um braço no palco do Oscar.
Nos anos de 1970, era moda alguém tirar a roupa e sair correndo em locais públicos. Essas pessoas eram chamadas de "Streakers”. E o palco do Oscar não ficou de fora dessa moda. Robert Opal, um total desconhecido, resolveu tirar a roupa e simplesmente cruzar o palco do Oscar em 1974, quando Elizabeth Taylor e David Niven apresentavam um prêmio.
Meryl Streep esqueceu seu primeiro Oscar (Melhor Atriz Coadjuvante por Kramer vs Kramer) no banheiro!
A festa do Oscar de 1989 é considerada a pior de todos os tempos. O número de abertura apresentava uma atriz anônima, Eillen Bowman, vestida de Branca de Neve (o que causou protesto da Disney, já que a Academia não havia pedido autorização pelo uso da imagem da personagem). Cantando e saltando pelo palco, a moça fez um dueto desafinadíssimo com Rob Lowe da música Proud Mary, enquanto a mobília do palco literalmente dançava com garçonetes, que tinham turbantes na cabeça no melhor estilo Carmem Miranda. Logo em seguida, o palco era transformado num teatro chinês (?). O número se encerrava com os que seriam os grandes astros do amanhã (atores promissores na época como Patrick Dempsey, Rick Lake, Corey Haim, Corey Feldman, Tyrone Power Jr, Matt Latanzi, Christian Slater, Chad Lowe, Savion Glover entre outros) cantando como amadores I want to be a Oscar winner.
Stanley Donnen, famoso diretor de musicais (Cantando na Chuva, Sete Noivas para Sete Irmãos, Cinderela em Paris, Marujos do Amor), comemorou o seu Oscar Honorário em 1997 sapateando a canção Cheek to Cheek do filme O Picolino.
Cuba Gooding Jr, o Melhor Ator Coadjuvante de 1996 por Jerry Maguire, foi aplaudido de pé após se recusar a sair do palco enquanto a canção, que é a senha para que o ganhador deixe o palco, aumentava o volume. Mesmo com a orquestra tocando alto, ele continuou a agradecer e a pular pelo palco gritando: "Show me the money!” (Fala do seu personagem no filme).
O filme Adaptação (2002) recebeu indicação para Melhor Roteiro Adaptado, que é creditado para Charlie Kaufman e Donald Kaufman. Detalhe: Donald Kaufman não existe. É o irmão gêmeo fictício que Charlie inventou para o filme.
A primeira refilmagem a ganhar um Oscar de Melhor Filme foi Ben-Hur, de William Wyler, em 1959.
O filme O Poderoso Chefão – Parte II foi a primeira continuação a ganhar um Oscar de Melhor Filme. O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei, por sua vez, é a única terceira parte a ganhar o prêmio máximo. Essas são as duas únicas trilogias a terem todos os três capítulos indicados ao Oscar.
Marleen Morris foi a primeira diretora a ganhar um Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira (A Excêntrica Família de Antônia).
Os filmes A Grande Ilusão (França, 1939), Z (Argélia, 1969), Os Emigrantes (Suécia, 1972), O Carteiro e o Poeta (Itália, 1995), A Vida é Bela (Itália, 1998) e O Tigre e o Dragão (Taiwan, 2000) tiveram a honra de concorrer, em seus respectivos anos, ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e simultaneamente ao Oscar de Melhor Filme. Nenhum ganhou a honra máxima.
Dos 23 filmes a terem quatro ou mais atores indicados, Dúvida (Doubt, 2008) é o único a não ter concorrido a Melhor Filme.
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