Estava eu, em minha humilde residência, quando me deu vontade de ligar meu note para assistir a algum clássico pelo YouTube. Decidi por um filme mudo, pois só havia assistido a Wings (1927). Queria uma novidade. Foi então que decidi por Sunrise: a song of two humans (1927) para conhecer o trabalho de Janet Gaynor finalmente. O filme me surpreendeu com as atuações dos atores principais e concluo que atuar em um filme antigo não é fácil, pois os gestos e os movimentos do corpo é que são a fala dos atores; e isso eles fizeram de forma estupenda. Até chorei no final do filme!
Bom, falando um pouco deste filme, é o primeiro trabalho do diretor alemão expressionista Friedrich Wilhelm Murnau, mais conhecido como F.W.Murnau, que também dirigiu Satanás (1920) e o tão falado Nosferatu (1922); filme este que até Lauren Bacall indicaria para sua neta no lugar da série Crepúsculo.
O tema é até que ponto o homem cai em tentação, e como isso afeta de maneira pertubadora a mente de um ser humano. Foi o que o personagem de George O'Brien expressou em todo o filme, ao interpretar um fazendeiro casado que cai em tentação a mulher da cidade (Margaret Livingston); esta faz a cabeça dele, planejando o assassinato da esposa para que, livre, o fazendeiro possa viver na cidade com ela.
A esposa, interpretada por Janet Gaynor, fica na dela o tempo todo, cuidando da casa e da filhinha. Mesmo que o marido chegasse tarde em casa, ela o tratava como todo amor e dedicação de uma esposa.
O fazendeiro, sucubindo na tentação da mulher da cidade, decide levar o plano a fundo. Convida a esposa para um passeio na cidade, atravessando o rio com um barco. Na hora de executar o plano, a esposa implora para não matá-la.
O fazendeiro cai em si, mas a esposa consegue fugir até a cidade. Ele, completamente arrependido, pede perdão à esposa, mas ela vai perdoando aos poucos e, com isso, o relacionamento se restaura na cidade. Lá, eles aproveitam para passar uma segunda lua de mel. A cena do beijo no meio da rua é fenomenal, um clássico!. Queria fazer isso um dia (rsss).
Vencedor de três estatuetas do Oscar na primeira cerimônia realizada em 1929 (trabalhos de 1927-1928): Melhor Qualidade Artística de Produção (categoria que só apareceu nesta primeira cerimônima), Melhor Fotografia e Melhor Atriz para Janet Gaynor.
É um filme muito belo e merece ser assistido e admirado. Assisti, como já disse, pelo YouTube, mas ele pode ser adquirido em algumas livrarias do porte da Livraria Cultura. Para cinéfilas clássicas como eu, quero para minha coleção.
Nossa, tenho muita vontade de ter esse filme, Incrível seu post, parabéns....
ResponderExcluirAbração
Oi, Marcia!
ResponderExcluirPassei lá pelo Blogs do cinema clássico e encontrei seu post, apontado como tendo sido escrito por mim :D. Disse pra Carla que a confusão veio a calhar, porque gosto demais do filme e queria ter falado sobre ele.
Bem, gostei muito de ler seu texto, que me deixou com vontade de rever o filme, o qual faz parte da minha coleção desde que ele apareceu em promoção na 2001 vídeo (fique atenta a esse site!).
Você fez uma ótima entrada no cinema silencioso começando por ele, que é uma das sete maravilhas da sétima arte - não é atoa que ganhou prêmio único no Oscar (que, no entanto, não foi corajoso o suficiente a premiá-lo como melhor filme). Adoro o contraponto que o filme traça entre a personagem da Janet, frágil e santificada, e o homenzarrão marido dela, e como isso vai se desdobrando nas imagens construídas no filme com a ajuda da fotografia. Murnau faz um trabalho perfeito, que precisaria ser mais visto hoje em dia.
Bjos
Dani
Olá, Dani.
ResponderExcluirEssas coisas acontecem (rsss). O filme é realmente muito bom. Quero comprá-lo para minha coleção. Murnau era muito bom no que fazia, e os atores também contribuíram para isso.
Sem dúvida alguma, um dos melhores filmes de Murnau. Janet Gaynor mais uma vez surpreendendo. Um filme belíssimo, e que eu particularmente, considero uma das melhores produções de todos os tempos!
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