19 de março de 2012

Sunrise: a song of two humans (1927)


Estava eu, em minha humilde residência, quando me deu vontade de ligar meu note para assistir a algum clássico pelo YouTube. Decidi por um filme mudo, pois só havia assistido a Wings (1927). Queria uma novidade. Foi então que decidi por Sunrise: a song of two humans (1927) para conhecer o trabalho de Janet Gaynor finalmente. O filme me surpreendeu com as atuações dos atores principais e concluo que atuar em um filme antigo não é fácil, pois os gestos e os movimentos do corpo é que são a fala dos atores; e isso eles fizeram de forma estupenda. Até chorei no final do filme!

Bom, falando um pouco deste filme, é o primeiro trabalho do diretor alemão expressionista Friedrich Wilhelm Murnau, mais conhecido como F.W.Murnau, que também dirigiu Satanás (1920) e o tão falado Nosferatu (1922); filme este que até Lauren Bacall indicaria para sua neta no lugar da série Crepúsculo.


O tema é até que ponto o homem cai em tentação, e como isso afeta de maneira pertubadora a mente de um ser humano. Foi o que o personagem de George O'Brien expressou em todo o filme, ao interpretar um fazendeiro casado que cai em tentação a mulher da cidade (Margaret Livingston); esta faz a cabeça dele, planejando o assassinato da esposa para que, livre, o fazendeiro possa viver na cidade com ela.



A esposa, interpretada por Janet Gaynor, fica na dela o tempo todo, cuidando da casa e da filhinha. Mesmo que o marido chegasse tarde em casa, ela o tratava como todo amor e dedicação de uma esposa.


O fazendeiro, sucubindo na tentação da mulher da cidade, decide levar o plano a fundo. Convida a esposa para um passeio na cidade, atravessando o rio com um barco. Na hora de executar o plano, a esposa implora para não matá-la.


O fazendeiro cai em si, mas a esposa consegue fugir até a cidade. Ele, completamente arrependido, pede perdão à esposa, mas ela vai perdoando aos poucos e, com isso, o relacionamento se restaura na cidade. Lá, eles aproveitam para passar uma segunda lua de mel. A cena do beijo no meio da rua é fenomenal, um clássico!. Queria fazer isso um dia (rsss).


Vencedor de três estatuetas do Oscar na primeira cerimônia realizada em 1929 (trabalhos de 1927-1928): Melhor Qualidade Artística de Produção (categoria que só apareceu nesta primeira cerimônima), Melhor Fotografia e Melhor Atriz para Janet Gaynor.


É um filme muito belo e merece ser assistido e admirado. Assisti, como já disse, pelo YouTube, mas ele pode ser adquirido em algumas livrarias do porte da Livraria Cultura. Para cinéfilas clássicas como eu, quero para minha coleção.


4 comentários:

  1. Nossa, tenho muita vontade de ter esse filme, Incrível seu post, parabéns....

    Abração

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  2. Oi, Marcia!

    Passei lá pelo Blogs do cinema clássico e encontrei seu post, apontado como tendo sido escrito por mim :D. Disse pra Carla que a confusão veio a calhar, porque gosto demais do filme e queria ter falado sobre ele.
    Bem, gostei muito de ler seu texto, que me deixou com vontade de rever o filme, o qual faz parte da minha coleção desde que ele apareceu em promoção na 2001 vídeo (fique atenta a esse site!).
    Você fez uma ótima entrada no cinema silencioso começando por ele, que é uma das sete maravilhas da sétima arte - não é atoa que ganhou prêmio único no Oscar (que, no entanto, não foi corajoso o suficiente a premiá-lo como melhor filme). Adoro o contraponto que o filme traça entre a personagem da Janet, frágil e santificada, e o homenzarrão marido dela, e como isso vai se desdobrando nas imagens construídas no filme com a ajuda da fotografia. Murnau faz um trabalho perfeito, que precisaria ser mais visto hoje em dia.

    Bjos
    Dani

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  3. Olá, Dani.
    Essas coisas acontecem (rsss). O filme é realmente muito bom. Quero comprá-lo para minha coleção. Murnau era muito bom no que fazia, e os atores também contribuíram para isso.

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  4. Sem dúvida alguma, um dos melhores filmes de Murnau. Janet Gaynor mais uma vez surpreendendo. Um filme belíssimo, e que eu particularmente, considero uma das melhores produções de todos os tempos!

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